Veste-se uma pessoa de turista de fim de semana e vai até perto do Palácio da Ajuda, podendo aproveitar mesmo um autocarro. Para nós, foi o autocarro contratado pela Casa do Educador que lá nos levou.
E ali está na subida à esquerda o Jardim Botânico.
Começámos logo por sermos visitados por um pavão e sua trupe de pavoas, que quiseram saber quem nós éramos.
Depois, enterrámo-nos jardim adentro, olhando para tantos canteirinhos com identificação das flores, arbustos e árvores em latim e num português alatinado de que pouco percebemos.
Memórias que ficaram: havia a princípio um passadiço por cima da rua que trazia os membros da família real para o jardim. Bom lugar para leitura, mesmo no verão, com uma árvore estendida, como galinha de asas abertas, para acolher os leitores. Para além das flores, abrimos a boca de espanto para aquela borracheira de tronco bem largo (o prof. Lino parece bem pequeno…) ou para o velhinho dragoeiro (400 anos?!) que já não se aguenta mesmo com tantas varetas a sustentá-lo!
Uns degraus abaixo, apreciámos os jardins de bucho bem delineados, a estátua de D. José talhado como soldado romano e sobretudo parámos junto à fonte com seus lagos e ornamentações naturalistas, a lembrar os três reinos com seus habitantes (do ar, da terra e da água), mas onde os répteis se agigantam.
Visitem, que saem de lá apaziguados com o silêncio, a natureza e a beleza dos espaços. Infelizmente, seria necessário muito mais trabalho para algum abandono desaparecer e as ervas não crescerem.
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